Ora, se você “caiu” neste artigo em busca de respostas ou de uma reflexão profunda sobre o futuro da sua empresa… saiba que se enganou. Aqui, falamos na perspectiva de profissionais de marketing. Portanto, nada de chaves prontas para as fechaduras dos seus problemas ou fórmulas mágicas (sim, elas não existem).
Passado o primeiro susto do artigo, vamos aos dados (e aos demais sustos): segundo pesquisa realizada pela CNI – Confederação Nacional das Indústrias, ainda em março, 92% das empresas consultadas são afetadas negativamente pela pandemia do coronavírus. Um estudo mais recente, realizado pelo SEBRAE e divulgado pela CNN Brasil, demonstra que 600 mil pequenas empresas fecharam suas portas em decorrência do novo Coronavírus.
Bom, diante deste cenário, como profissional de marketing e atento ao que é noticiado, publicado nas redes e conversado com clientes e prospects (sim, há quem tenha escolhido apenas o momento de crise mundial para investir em marketing), nos pegamos num momento de stress e dúvidas sem precedentes… que nos aponta para a realidade de todas as empresas e colaboradores: fluxo de demandas distintos da normalidade, um distanciamento social que implica no “fechamento” ou uma espécie de “blackout” (quando as cidades apagaram suas luzes de forma obrigatória, temendo bombardeios noturnos), termo que remete aos tempos das duas grandes guerras. Empresas fechadas! Pessoas trancadas em suas casas! Não por falta de clientes, não por falta da chamada “demanda efetiva” dos economistas, ou um novo concorrente avassalador ou a vontade de consumir (no caso dos clientes). Mas, sim, porque estamos diante de uma crise humanitária e econômica jamais vista desde as guerras acima citadas. Estamos falando de um intervalo de 70 a 90 anos. Relações trabalhistas mudaram, índices de produtividade, escritórios, metodologias de compra, internet, marketing digital e o poder de relacionamento entre marcas e seus potenciais clientes também.
Então, você que nos lê, seja empresário ou profissional de marketing o que tem feito?
Nunca foi tão imperativo olhar para trás e perceber: investir em marketing deve ser primordial. Empresas e pequenos negócios devem ser lembrados. E quando a crise passar? O que chamamos de angústia será incerteza? Onde foram parar os planos de marketing e campanhas? Devemos acalmá-los: as empresas continuarão vivas. Os profissionais de marketing digital, de publicidade, da comunicação integrada e estratégica continuarão a existir. Mas, então, onde chegaremos? – Chegaremos onde os nossos clientes nos esperam.
Eu, aqui, dos meus baixíssimos 10 anos trabalhando com marketing e consumindo tudo que é possível e escutando os meus clientes da PlanoB Marketing, posso dizer-lhes: estarão à nossa espera. Estarão no “portão”, como diria a música de Roberto e Erasmo: “Eu voltei agora pra ficar… Porque aqui, aqui é meu lugar… Eu voltei pras coisas que eu deixei. Eu voltei…”. Valendo, ainda, afirmar: marcas que serão lembradas, são aquelas que entendem que marketing não como um mero mecanismo de vendas. Marketing é, além de tudo do que dizem por aí, uma espécie de vetor que possibilita realçar suas qualidade e, mais do que nunca, fazer valer a palavra relacionamento. Portanto, deixo-lhes “por aqui”, com uma dica: relacione-se com o seu cliente. Mantenha o seu diálogo. Esteja perto deles (seus clientes, stakeholders e consumidores). Exercite sua polivalência: para o que pode ser feito e o que sua empresa precisa dizer. Profissionais de marketing: aprendam mais, leiam mais, façam mais e conseguiremos transpor esse obstáculo mundial. Como dizem no futebol: quando o gramado é ruim, é com ele que devemos jogar.
Sobre o seu negócio?
Comece pensando bem. Se não investem em marketing ainda, passou da hora. Ou melhor, chegou a hora. Fale com a gente! 🙂
Por: Rafael Cachina
Executivo de marketing –
Agência PlanoB