A publicidade digital vai ser a principal responsável pela retomada dos investimentos publicitários em 2021 e 2022 no mundo, segundo o Dentsu Ad Spend Report.

O estudo aponta que, em 2021, o digital será responsável por 50% de toda a verba publicitária mundial. É a primeira vez que o setor alcança essa porcentagem.

Os investimentos em digital crescerão 10,1% este ano, se comparados a 2020. Redes sociais (com 18,3% do total da verba online), serviços de busca (com 11%) e vídeos (com 10,8%) serão as principais fontes de crescimento do setor, aponta o relatório.

Entre os outros meios, a verba destinada aos canais de televisão alcançará 29,9% do total. Na sequência, aparecem rádio (5,8%), mídia exterior (5,6%) e jornais (5,3%).

 

Retomada total, só em 2022

O estudo da Dentsu, sexto maior grupo de comunicação do mundo, ainda indica que, depois de uma queda de 8,8% em 2020, os investimentos em propaganda crescerão 5,8% este ano e 6,9% em 2022.

A previsão é que os investimentos publicitários globais cheguem a US$ 579 bilhões em 2021 e US$ 619 bilhões em 2022.

 

Consumidor ficará com escolhas de 2020

O relatório combina dados de 59 mercados. Falando de Brasil, o estudo aponta que, depois de uma queda de 22% nos investimentos em 2020, os números cresçam 5,25% em 2021 e 2,6% em 2022.

Segundo o report, a pandemia influenciou na fidelidade às marcas, e muitos consumidores ficarão com suas “novas escolhas”, feitas em 2020. “Como em outras crises, o preço se tornará um fator determinante nas opções de compra. A confiança na empresa, no entanto, é também um fator-chave. Desenvolver esse relacionamento é fundamental”, afirma o estudo

“O relatório mostra os desafios e oportunidades impostas ao mercado brasileiro. O digital impulsionará o uso de ferramentas para conhecer mais profundamente o consumidor, catalisando uma abordagem de mídia cada vez mais humana”, diz Eduardo Bicudo, CEO da Dentsu International Brasil.

“Compreender o comportamento do consumidor é o maior desafio que os anunciantes enfrentam. Essa realidade requer foco real e investimento em dados, comércio eletrônico e novas tecnologias, além de construir parcerias mais profundas em todas as áreas da indústria. O nosso mercado tem competência e apetite para tirar proveito dessas propriedades”, declara o executivo.

 

Fonte: UOL
Por: Renato Pezzotti