Anos atrás, numa dessas conversas com um cliente, escutei uma frase que marcou parte da minha trajetória profissional e que, não por outro motivo, tomo como “termômetro” sempre que me vejo no dilema: nós somos os especialistas, mas o cliente está pedindo algo de acordo com o feeling dele. Será só intuição? Pois bem, lembro-me que, ali por volta de 2011/2012 escutei de Sr. Raimundo Diniz (in memorian) – empresário da indústria de saneamento e um gestor feroz, dizer: – meu filho, quem conhece mais do produto é o seu cliente. A publicidade tem que encantar! (fora uma espécie de conselho com bronca).

É, lá se vão mais de 10 anos e ele, sim, tinha a pleníssima razão: o especialista na operação, na execução técnica, no estudo e nos apontamentos consultivos será sempre o profissional do marketing… seja ele/ela o atendimento, o diretor de criação, ou o gestor / gestora de tráfego. Temos os dados, temos o estudo, a formação e a experiência técnica, mas nenhum destes fatores existem para confrontar o conhecimento do nosso cliente em relação ao produto que ele vende (e que muitas vezes ele mesmo criou). Ora, como disse no título deste texto, é tempo de aprender. É tempo de escutar o cliente e, mais do que isso: fazer as perguntas certas para colher as melhores respostas. Elas irão servir para o nosso trabalho? O desafio de marketing dele é possível de ser superado? É possível trazer uma solução, ainda que essa possa nos cobrar tempo, paciência e perseverança? Sim. Claro que é. É preciso entender e, também, combinar com os nossos gestores, empresários e gerentes de marketing: pequenos passos também significam progresso. E aí, se me permitem, faço a provocação de uma memória destravada com uma frase histórica: “esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade”., disse Neil Armstrong ao pousar na lua. Sem querer ousar entrar no mérito da frase acima, sem supor que ela foi “roteirizada” num belíssimo (e arriscado) planejamento, precisamos de clareza: temos que combinar o que entendemos como avanço com os nossos clientes.

O alcance aumentou na última campanha? Deu um up nas vendas? O telefone passou a tocar? (ainda usam esse tal dispositivo, sim. Obrigado Graham Bell). O WhatsApp anda bombando? Caíram quantos leads essa semana? Atingimos a meta? O conteúdo tá funcionando? Qual foi o grande passo alcançado? São perguntas de rotina. São questionamentos que exigem método, atenção, análise de dados, inteligência, conhecimento do nosso cliente e não menos importante: gente apaixonada pelo que faz. Gente ágil, gente esperta… e, vou além, como diria Gilberto Gil, é preciso medir: “…a Bahia já me deu, graças a Deus, régua e compasso. Quem sabe de mim sou eu, é claro, aquele abraço!”  – Aquele Abraço 1969 (mesmo ano em que o homem pisou na lua).

Com a devida licença poética, citando Gil (gênio brasileiro das letras, do ritmo e da música), é preciso dizer que, sim, quem “sabe de mim” sou eu. Somos agência. Somos de marketing. Mas é preciso medir, é preciso ter régua. É preciso ter compasso (nas medidas e nos ritmos) para reconhecer que quem paga a conta (e o budget), quem entende e quem domina o produto é o nosso cliente. É preciso dançar no ritmo dele, nos acordes definidos na estratégia, usando a tática desenhada de forma conjunta na melodia e, dentro de tudo isso, é imprescindível o zelo. Nossos clientes querem resultados a partir da nossa inteligência, mas eles também precisam do nosso ritmo, do nosso cuidado. Aquele abraço!


Rafael Cachina
Executivo de Marketing na PlanoB
Expert em Agile Marketing e surfista quase aposentado.
Podemos ajudar sua empresa. Fale comigo: rafael@agenciaplanob.com.br
Solicite já um orçamento conosco!